O governo brasileiro confirmou que não solicitará aos Estados Unidos o adiamento da entrada em vigor das tarifas sobre produtos brasileiros, que está prevista para 1º de agosto. Durante reuniões realizadas nesta terça-feira (15), empresários expressaram preocupação e pediram um prazo de 90 dias para a implementação das novas taxas, que impõem uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras. No entanto, um representante do governo afirmou que adiar o prazo 'não resolve o problema' e que a prioridade é buscar a revisão da decisão americana.
Além disso, o governo garantiu que não utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica antes da data estipulada, a fim de manter canais diplomáticos abertos. Empresários presentes nas reuniões relataram um clima de otimismo ao final do encontro, com a certeza de que o governo está focado em negociações e na ampliação do diálogo com os Estados Unidos.
As reuniões, que fazem parte de um comitê interministerial criado pelo presidente Lula, envolvem representantes dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da Fazenda e das Relações Exteriores. O objetivo é avaliar os impactos das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras e discutir possíveis contramedidas, em um contexto de tensões políticas entre os dois países.