O governo da China negou, nesta sexta-feira (11), ter solicitado a empresas, incluindo o TikTok, que coletassem ou armazenassem ilegalmente informações pessoais de usuários. A declaração foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em resposta a uma nova investigação da Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, que visa apurar o uso indevido de dados pessoais pela plataforma.
A investigação foi motivada por preocupações da União Europeia sobre a possibilidade de que dados de usuários possam ser utilizados pela China para fins de espionagem ou propaganda. O anúncio da investigação ocorreu um dia antes da declaração oficial de Pequim, que se posicionou contra as alegações.
O TikTok, que conta com 1,5 bilhão de usuários globalmente e é uma subsidiária da ByteDance, já enfrentou problemas relacionados à segurança de dados, incluindo uma multa de 530 milhões de euros imposta em maio de 2025 pela Comissão de Proteção de Dados. Mao Ning afirmou que o governo chinês valoriza a privacidade e a segurança dos dados, e espera que a Europa ofereça um ambiente de negócios justo e não discriminatório para empresas de todos os países.