O governo central do Brasil anunciou um déficit primário de R$ 44,296 bilhões em junho de 2023, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira. O resultado representa um aumento em relação ao déficit de R$ 38,721 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior. A queda na receita líquida e o aumento nas despesas totais foram os principais fatores que contribuíram para esse resultado negativo.
Em junho, a receita líquida apresentou uma leve queda real de 0,1%, enquanto as despesas totais aumentaram 1,6% em comparação ao mesmo período de 2024. A arrecadação administrada pela Receita Federal, que inclui impostos da União, teve um crescimento real de 5,4%, impulsionado principalmente por um aumento de 7,5% no Imposto de Renda e de 40,3% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Por outro lado, as receitas não administradas pela Receita caíram 23,8%, com uma significativa redução de 67,9% nos dividendos e participações. No que diz respeito às despesas, o aumento foi impulsionado por maiores desembolsos em benefícios previdenciários e programas de assistência social.
No acumulado do primeiro semestre de 2023, o déficit primário foi de R$ 11,460 bilhões, uma melhora em relação ao saldo negativo de R$ 67,373 bilhões no mesmo período de 2024. A meta para o resultado primário em 2025 é de déficit zero, com uma tolerância de 0,25% do PIB, equivalente a cerca de R$ 31 bilhões.