As contas do Governo Central apresentaram um déficit primário de R$ 44,296 bilhões em junho de 2023, superando o resultado negativo de R$ 40,621 bilhões registrado em maio. Este resultado, que inclui as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, representa o melhor desempenho real para o mês desde o início da série histórica em 1997, embora ainda seja inferior ao déficit de R$ 38,721 bilhões observado em junho de 2024.
O déficit de junho ficou acima da mediana das previsões de instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, que estimavam um déficit primário de R$ 41,100 bilhões, com variações entre R$ 48,600 bilhões e R$ 18,098 bilhões. No acumulado do ano até junho, o Governo Central registrou um déficit de R$ 11,46 bilhões, uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o déficit era de R$ 67,373 bilhões.
As receitas totais em junho apresentaram um crescimento real de 2,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as despesas aumentaram 1,6%, descontada a inflação. No primeiro semestre de 2023, as despesas totais tiveram uma diminuição real de 2,4%. Em um panorama mais amplo, o Governo Central reportou um superávit de R$ 15,3 bilhões nos últimos 12 meses, equivalente a 0,11% do PIB.
Para 2025, o governo projeta um resultado primário neutro, com um limite de déficit de até R$ 31 bilhões e um teto de despesas fixado em R$ 2,249 trilhões. Essas metas fazem parte do novo arcabouço fiscal estabelecido pela administração atual.