O governo federal está em busca de novas fontes de receita para compensar a perda estimada de R$ 450 milhões em 2025 e R$ 3,5 bilhões em 2026, decorrente da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida manteve o decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mas derrubou a parte que tratava do risco sacado, uma operação que permite a antecipação de pagamentos a fornecedores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a perda é pequena em relação ao orçamento federal de R$ 2,5 trilhões e que soluções estão sendo estudadas até agosto.
Haddad destacou que o Congresso Nacional está analisando projetos que podem aumentar a arrecadação, o que poderia ajudar a acomodar a perda no orçamento. "Nós não fechamos a peça orçamentária ainda para 2026. Temos espaço para acomodar, inclusive porque há outros projetos de lei avançando no Congresso", afirmou o ministro, ressaltando que essas iniciativas podem ser benéficas para os contribuintes e para a arrecadação.
A decisão de Moraes foi vista por Haddad como um passo importante para a normalização das relações entre os Poderes Executivo e Legislativo, contribuindo para o aperfeiçoamento das instituições. O ministro também ressaltou que a manutenção do decreto sobre o IOF é crucial para fechar brechas que possibilitavam a sonegação de tributos por pessoas de maior renda. Além disso, Haddad comentou sobre a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que altera o prazo para o pagamento de precatórios pelos municípios, o que deve beneficiar a União ao excluir esses gastos do teto de gastos do arcabouço fiscal até 2027.