O governo brasileiro enfrenta uma semana decisiva em meio à expectativa de novas sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Brasil. As medidas, que podem incluir um aumento de 50% nas tarifas, ainda não foram acompanhadas de sinais de negociações por parte de Washington. Um negociador brasileiro afirmou que a situação é tensa e que a prorrogação do prazo para negociações é o mínimo a ser conquistado neste momento.
Até agora, a única ação do governo brasileiro foi acionar empresas americanas para tentar persuadir Trump a retomar as conversações. No entanto, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que as novas tarifas entrarão em vigor para todos os países a partir de 1º de agosto, embora não descarte a possibilidade de negociações futuras.
A equipe do presidente Lula avalia que Trump não irá recuar e considera que um adiamento do prazo pode ser a melhor solução. Aliados de Bolsonaro afirmam que novas sanções contra ministros do STF já estão em andamento, com oito deles tendo seus vistos revogados, exceto Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux. O governo brasileiro acredita que Trump está utilizando a situação para apoiar Bolsonaro, visando impedir que o Brasil tome medidas contra as grandes empresas de tecnologia e que o STF reverta suas decisões já tomadas. Lula, por sua vez, já sinalizou que a taxação das big techs está em pauta, caso a Lei de Reciprocidade seja acionada.