O governo brasileiro iniciou a análise de uma investigação comercial instaurada pela administração Trump, que inclui o sistema de pagamentos Pix. A avaliação considera o Pix como uma possível prática desleal no setor de serviços eletrônicos, e a administração atual busca reafirmar a integridade do sistema, garantindo que não haverá mudanças em sua operação devido a pressões externas.
A principal preocupação do governo é evitar a insegurança entre os usuários do Pix, especialmente após a circulação de informações falsas sobre taxação. Integrantes da equipe do presidente Lula questionam os fundamentos técnicos da investigação, considerando-a uma estratégia para forçar o Brasil a entrar em negociações comerciais.
Desde 1974, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) já iniciou cerca de 130 investigações sob a Seção 301, embora apenas uma fração tenha resultado em tarifas. A atual investigação abrange práticas relacionadas ao comércio eletrônico, incluindo taxas de importação e direitos de propriedade intelectual, além de críticas a mercados como a famosa rua 25 de Março, em São Paulo, por serem associados a produtos falsificados.
A situação levanta preocupações sobre possíveis sanções comerciais, uma vez que a administração Trump já havia solicitado ao USTR que iniciasse um procedimento contra o Brasil, utilizando a Seção 301 para impor retaliações a práticas comerciais consideradas injustas.