O governo brasileiro decidiu não solicitar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o adiamento das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que entrarão em vigor em 1º de agosto. Em vez disso, a administração brasileira aposta em uma estratégia diplomática intensiva nas próximas semanas para tentar reverter a decisão, conforme anunciado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin nesta terça-feira (15).
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que a prioridade do governo é buscar uma solução até o dia 31 de julho, após reunião em Brasília com representantes dos setores mais afetados, como aviação, aço, alumínio, celulose, autopeças, móveis, calçados, carnes e sucos. O vice-presidente enfatizou a importância do diálogo e da escuta ativa dos setores impactados.
Durante o encontro, que contou com a participação de diversos ministros e empresários, foi solicitado ao governo que evite medidas unilaterais, como a aplicação imediata da Lei de Reciprocidade, antes de tentar negociar um prazo maior para as tarifas com a Casa Branca. A equipe econômica, no entanto, prefere intensificar os canais de comunicação com autoridades americanas e o setor privado, evitando um pedido formal de adiamento das tarifas.