O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se reuniu nesta sexta-feira (11) em Brasília com Gabriel Escobar, Encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, para discutir os impactos da tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Tarcísio destacou a necessidade de abrir um diálogo com as empresas paulistas para encontrar soluções para os efeitos negativos da medida na indústria e no agronegócio nacional.
Em suas declarações, o governador enfatizou que a responsabilidade pela situação atual recai sobre o governo federal, afirmando que a decisão de Trump é resultado de um alinhamento do Brasil a regimes autoritários e da defesa da censura. Tarcísio criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que este colocou sua ideologia acima da economia, o que teria contribuído para a imposição da tarifa.
A decisão de Trump gerou reações de especialistas e entidades do setor produtivo, que expressaram preocupação com a ameaça de perda de empregos e a motivação política por trás da medida. Em resposta, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticaram Tarcísio, acusando-o de agir como um 'vassalo' e de priorizar interesses políticos em detrimento dos interesses do país.
O presidente Lula também se manifestou, afirmando que o Brasil não aceitará ser tutelado e que responderá ao aumento unilateral das tarifas com base na Lei da Reciprocidade Econômica. A situação continua a gerar debates acalorados entre os líderes políticos e as entidades representativas do setor produtivo brasileiro.