O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), classificou como um "excesso" a operação da Polícia Federal que resultou em medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As declarações foram feitas na terça-feira (22 de julho), após a ação autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, que incluiu a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso às redes sociais por parte de Bolsonaro.
Caiado enfatizou que as medidas não são compatíveis com um regime democrático, afirmando que "julgar é papel da Justiça, vingar não". O governador questionou a imposição de restrições a um ex-presidente que, segundo ele, não possui condenações e sempre se colocou à disposição da Justiça.
Desde a última sexta-feira (18 de julho), Bolsonaro está sujeito a permanecer em sua residência das 19h às 7h e a não se aproximar de embaixadas. O ministro Moraes justificou a ação alegando que o ex-presidente financiou a estadia do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, o que teria contribuído para a obstrução de investigações no Brasil. Na segunda-feira (21 de julho), Bolsonaro fez uma aparição pública, onde se referiu à tornozeleira como um "símbolo de humilhação".