Mais de 35 mil estudantes foram vítimas de uma quadrilha que criou um site falso para inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), resultando em um prejuízo de pelo menos R$ 3 milhões. O esquema, que ocorreu durante o período de inscrições entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, impediu os alunos de realizarem a prova, essencial para o acesso ao ensino superior público.
Nesta quinta-feira (10), a Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Praia Grande, São Paulo, como parte das investigações. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos suspeitos, um dos quais possui 15 anotações criminais por estelionato.
As investigações revelaram que os golpistas criaram diversas páginas falsas que imitavam o site oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os candidatos, ao preencherem um questionário de inscrição fraudulento, eram direcionados a realizar pagamentos via PIX para uma conta vinculada a uma empresa privada, que já havia recebido reclamações de consumidores insatisfeitos.
A operação, denominada "Só Oficial", visa alertar os futuros candidatos sobre a importância de acessar apenas o site oficial do exame, que deve ter a extensão gov.br. As inscrições para o Enem deste ano encerraram em 13 de junho, e as provas estão agendadas para os dias 9 e 16 de novembro.