Um dos maiores golpes financeiros do Brasil foi registrado pela Polícia Civil de São Paulo, envolvendo a C&M, empresa responsável por conectar bancos e fintechs ao sistema PIX do Banco Central. Estima-se que ao menos R$ 800 milhões foram desviados de clientes da empresa, com operações realizadas exclusivamente via PIX. O delegado Renato Topan revelou em coletiva que uma das contas envolvidas foi bloqueada com R$ 270 milhões, além do congelamento de R$ 15 milhões em criptomoedas.
A investigação começou após a BMP, uma das primeiras empresas a relatar o golpe, registrar formalmente o ataque na quarta-feira, 2 de outubro, onde R$ 514 milhões foram levados. Ao menos oito empresas foram identificadas como vítimas, incluindo a Credsystem e o Banco Paulista. A C&M fornece infraestrutura para 23 instituições financeiras no Brasil, e a polícia está coordenando com a Polícia Federal e o Ministério Público para congelar ativos suspeitos.
Na manhã desta sexta-feira, 4, um funcionário terceirizado da C&M, identificado como João Nazareno Roque, foi preso após confessar ter fornecido acessos ao sistema da empresa a criminosos. Segundo as investigações, ele compartilhou credenciais e senhas, possibilitando o desvio de valores através de transferências fraudulentas, sem que houvesse invasão direta aos sistemas da C&M.