Um golpe de investimento em criptomoedas, supostamente liderado pelo casal Guilherme Rodovanski Melchior, de 27 anos, e Eduarda Medeiros, de 24, resultou em um desvio de R$ 50 milhões e afetou mais de 400 clientes em Ponta Grossa, Paraná. A Polícia Federal (PF) iniciou investigações após uma operação em junho, que levou à apreensão de bens luxuosos e à prisão preventiva de Guilherme, enquanto Eduarda cumpre medidas cautelares.
Os suspeitos prometiam lucros mensais de 30% e garantiam a devolução do capital investido, mas os clientes não tinham acesso às suas contas e eram mantidos informados apenas pelo casal. Entre as vítimas, uma relatou ter investido R$ 600 mil, enquanto outra, endividada, enviou R$ 67 mil, obtidos por meio de um empréstimo. As promessas de retorno foram frustradas, levando a um desespero entre os investidores.
As investigações da PF indicam a possibilidade de uma pirâmide financeira, além de crimes como operação irregular de instituição financeira e lavagem de dinheiro. Em resposta, o advogado de Guilherme afirmou que as operações eram legais, mas um problema técnico impediu o ressarcimento. A defesa de Eduarda optou por aguardar o desfecho das investigações antes de se manifestar.
A corretora de criptomoedas envolvida negou instabilidades em sua plataforma e afirmou que os dados dos clientes só são repassados mediante ordem judicial. As vítimas, por sua vez, relataram dificuldades em acessar seus investimentos, com advogados da empresa tentando justificar a situação.