O número de estelionatos no Brasil cresceu mais de 400% nos últimos seis anos, com mais de dois milhões de casos registrados em 2024, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre os golpes mais recorrentes, destaca-se a nova versão do 'golpe da maquininha', onde criminosos se disfarçam de taxistas para enganar passageiros durante o pagamento da corrida.
As vítimas, muitas vezes distraídas, são abordadas por falsos taxistas que alegam que a maquininha não aceita pagamentos via Pix e solicitam o cartão físico. Utilizando dispositivos adulterados, os golpistas conseguem registrar a senha digitada e, em um momento de distração, trocam o cartão da vítima por outro, realizando compras de alto valor sem que a pessoa perceba imediatamente.
Recentemente, a aposentada Nunzia Caruso e o médico Thales Bretas, viúvo do humorista Paulo Gustavo, relataram terem sido vítimas desse golpe em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente. Nunzia perdeu R$ 4.900, enquanto Thales teve um prejuízo de R$ 4.215. A polícia investiga o uso de maquininhas modificadas que permitem aos criminosos simular erros de transação e memorizar informações bancárias das vítimas.
O aumento desses golpes é alarmante, com estimativas de que o golpe da maquininha tenha causado um prejuízo de R$ 4,8 bilhões em um ano. Especialistas alertam que os criminosos estão se tornando cada vez mais audaciosos, aplicando múltiplos golpes em um único dia, o que representa um risco reduzido de serem capturados pelas autoridades.