O Goldman Sachs rebaixou a recomendação das ações da Usiminas (USIM5) de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 8,40 para R$ 5,20, o que ainda representa um potencial de valorização de 23%. Na sessão desta quarta-feira (16), os papéis da siderúrgica lideraram a queda, fechando com uma desvalorização de 4,52%, cotados a R$ 4,01.
Apesar dos ganhos recentes em lucratividade, o banco identificou desafios cíclicos e estruturais significativos que a Usiminas enfrenta, incluindo a elevada concorrência das exportações chinesas de aço e a necessidade de investimentos contínuos em capital para melhorar a eficiência. O Goldman Sachs observou que os resultados de eficiência da Usiminas ficaram abaixo das expectativas, mesmo após um investimento considerável em reformas de infraestrutura, o que limitou a melhora das margens de lucro.
Os analistas do banco destacam que a Usiminas pode precisar realizar novos investimentos significativos, como a construção de plantas de carvão de coque, estimados entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. Contudo, a instituição acredita que o mercado pode reagir negativamente a esses investimentos, dado o nível atual de lucros da empresa, que estão cerca de 30% abaixo da média histórica. Além disso, a demanda por aço no Brasil pode estar em seu pico, com importações elevadas, o que limita o potencial de alta dos preços domésticos.
