Goiás contabiliza atualmente cerca de 9.630 pessoas sob vigilância eletrônica por meio de tornozeleiras, conforme dados da Polícia Penal do estado. Goiás ocupa a quinta posição no Brasil em número de dispositivos contratados, com a expectativa de alcançar um total de 15 mil aparelhos. Essa ampliação visa reduzir o tempo de espera para instalação, que pode variar de 10 a 15 dias em algumas comarcas.
A Polícia Penal destaca que o Poder Judiciário tem adotado as tornozeleiras eletrônicas como uma medida eficaz para a supervisão de indivíduos em regimes abertos e semiabertos. Em 2019, o estado contava com apenas 2 mil dispositivos, o que resultava em um tempo médio de espera de até um ano para a instalação. A introdução de novos aparelhos tem contribuído para a diminuição da superlotação carcerária e para a melhoria na execução penal.
De acordo com a legislação penal, o uso da tornozeleira eletrônica pode ser determinado pelo juiz como uma alternativa à prisão preventiva antes da condenação. Em casos de condenação, o dispositivo pode ser utilizado no regime semiaberto, permitindo saídas temporárias e trabalho externo, além de facilitar a progressão para o regime aberto. Essa estratégia visa garantir a segurança pública e a reintegração social dos monitorados.