Goiás alcançou, nesta terça-feira (22), a marca de 7.475 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2025, sendo 1.320 por influenza e 320 por covid-19. O número é equivalente ao total de casos registrados durante todo o ano de 2024, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Além disso, o estado já contabiliza 471 óbitos relacionados à Srag neste ano.
O aumento significativo de casos tem gerado um impacto direto nas solicitações de internação, que já somam 11.957 de janeiro a julho de 2025, comparadas às 13.934 do ano passado. A ocupação dos leitos de enfermaria ultrapassa 80%, enquanto os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão acima de 90%. Apesar da pressão sobre o sistema de saúde, a SES tem conseguido atender a demanda em parceria com unidades municipais e privadas.
A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, reforçou a importância da vacinação, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, gestantes e crianças. "A vacina é essencial para prevenir casos graves e óbitos por Srag", alertou. A vacinação contra a gripe está disponível para toda a população a partir de 6 meses, mas a cobertura vacinal em Goiás é de apenas 41,68%, o que preocupa as autoridades de saúde.
Em resposta ao aumento dos casos, o Governo de Goiás decretou estado de emergência em 30 de junho e criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde por Srag. A SES já distribuiu mais de 2,2 milhões de doses da vacina contra influenza aos municípios goianos, mas a baixa adesão à vacinação pode comprometer a capacidade de resposta do sistema de saúde, principalmente entre os grupos de risco.