O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se reuniu na tarde desta quarta-feira (23) com lideranças dos setores de mineração, soja e cítricos para abordar soluções alternativas frente à tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, gera preocupações sobre os impactos na economia goiana, especialmente nas exportações. Esta foi a segunda reunião do dia, após um encontro com representantes da saúde e do agronegócio pela manhã.
Caiado destacou a importância da diplomacia para mitigar os efeitos da nova tarifa, afirmando que a articulação com o governo americano é essencial. "Estamos buscando canais de diálogo para reduzir essa carga tributária", afirmou. As reuniões ocorrem um dia após o lançamento de linhas de crédito pelo Governo de Goiás, que visa apoiar o empresariado local diante da crise.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Mineração de Goiás, Luiz Antônio Vessani, expressou preocupação com os efeitos imediatos da tarifa, mencionando o cancelamento de pedidos, especialmente no setor de vermiculita, que tem os EUA como principal mercado. Representantes do setor agrícola também relataram as possíveis consequências negativas, como a queda nas exportações de soja e citros, e a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre o impacto total da medida. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Eduardo Veras, alertou para os riscos de uma tarifação recíproca que poderia afetar a importação de máquinas e insumos essenciais para a produção agrícola.