O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), se reuniu na manhã desta quarta-feira, 23, com lideranças dos setores de saúde, agronegócio, mineração, soja e cítricos para discutir os impactos da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. A medida, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, foi proposta pelo presidente Donald Trump e pode afetar significativamente a economia do estado.
Durante o encontro, Caiado fez um apelo ao governo norte-americano para que exclua o setor de saúde da nova tarifa, considerando isso um "gesto humanitário". O secretário de Estado da Saúde, Rasivel dos Reis, alertou que 30% dos custos hospitalares estão relacionados a insumos e medicamentos importados, e uma reciprocidade tarifária poderia elevar os custos em até 3%, comprometendo a sustentabilidade dos hospitais em Goiás.
Além das discussões sobre saúde, representantes do agronegócio e mineração também expressaram suas preocupações. Luiz Antônio Vessani, presidente do Sindicato das Indústrias de Mineração de Goiás, mencionou o cancelamento de pedidos após o anúncio da tarifa, destacando o impacto na vermiculita, um mineral com diversas aplicações. O encontro ocorreu um dia após o lançamento de três linhas de crédito pelo governo estadual para mitigar os efeitos da taxação, posicionando Goiás como o primeiro estado a adotar medidas concretas de apoio ao setor produtivo diante da crise.