Na manhã deste sábado (26/07), o secretário da Saúde de Goiás, Rasível Santos, anunciou a criação de um Fórum Permanente dos Setores Público e Privado, em reunião com representantes de entidades do setor. A iniciativa visa monitorar os efeitos da guerra tarifária entre Brasil e Estados Unidos, seguindo o modelo do comitê estabelecido durante a pandemia de covid-19.
A expectativa é que a implementação da reciprocidade tarifária resulte em um aumento de custos superior a US$ 3 bilhões anuais para as redes pública e privada de saúde. Santos destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) pode enfrentar um impacto de US$ 1,6 bilhão, enquanto o setor privado pode ter um aumento de US$ 1,65 bilhão, em um momento em que Goiás já ultrapassa os limites de gastos estabelecidos pela Constituição.
O secretário expressou preocupação com a possibilidade de fechamento de hospitais privados, o que sobrecarregaria ainda mais o SUS. Ele mencionou que cinco hospitais já encerraram suas atividades em 2025 e que outros dez estão em risco de inviabilização financeira. A situação é alarmante, pois a maioria dos equipamentos e insumos utilizados na saúde de alta complexidade é importada dos Estados Unidos, o que pode deixar pacientes desassistidos.
Representantes de diversas entidades, incluindo a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás, alertaram sobre os riscos de colapso da rede pública de saúde, especialmente em um cenário de aumento do desemprego e crise econômica. A reunião foi vista como uma oportunidade para dialogar sobre as dificuldades e buscar alternativas que minimizem os impactos da crise tarifária no setor de saúde.
