A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se manifestou nesta quarta-feira (30) sobre a inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na Lei Magnitsky, classificando a ação como um ato "violento e arrogante". A declaração ocorreu após o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos Estados Unidos anunciar a sanção, que visa punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
Gleisi Hoffmann afirmou que a sanção representa mais um capítulo da "traição da família Bolsonaro ao Brasil" e destacou que nenhuma nação deve interferir no Poder Judiciário de outra. Em sua publicação na plataforma X, a ministra expressou solidariedade ao ministro Moraes e ao STF, além de repudiar a decisão do governo americano.
O comunicado do Tesouro dos EUA alega que Moraes utilizou seu cargo para autorizar detenções arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão, citando declarações do secretário do Tesouro, Scott Bessent. A Lei Magnitsky, que permite sanções como bloqueio de bens e cancelamento de vistos, foi ampliada em 2016 para incluir punições a estrangeiros envolvidos em abusos de direitos humanos.
As sanções podem abranger ações como execuções extrajudiciais e prisões arbitrárias, especialmente contra aqueles que denunciam atividades ilegais de autoridades ou que lutam por liberdade de expressão.