A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta segunda-feira, 28, que considera "positivo" o recente acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, ressaltando que uma escalada nas tensões comerciais poderia ter consequências imprevisíveis. Durante um evento na Etiópia, Meloni afirmou que ainda não teve a oportunidade de dialogar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, devido à sua viagem.
Meloni destacou a importância de uma base tarifária de 15%, que, segundo ela, é sustentável se consideradas as tarifas anteriores, que tinham uma média de 4,8%. A primeira-ministra enfatizou a necessidade de discutir detalhes para proteger setores sensíveis, como o farmacêutico e o automotivo, e mencionou a possibilidade de isenções para produtos agrícolas. Ela também observou que o acordo não é juridicamente vinculante e que ainda há passos a serem dados tanto pelos Estados-membros quanto pela União Europeia.
Em paralelo, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, expressou apoio ao acordo tarifário, mas sem entusiasmo, em coletiva de imprensa. Ele defendeu que os países europeus devem agir em conjunto e diversificar suas relações comerciais, citando sua recente visita a países do Mercosul como um exemplo dessa estratégia. Sánchez ressaltou a importância de fortalecer laços comerciais com diferentes regiões e blocos para garantir a competitividade da Europa no cenário global.