O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou no último sábado (12 de julho de 2025) que as mortes de dois jovens em ações da Polícia Militar de São Paulo evidenciam a necessidade urgente de uma revisão nas políticas de segurança pública do Brasil. Mendes se referiu especificamente ao caso de Guilherme Dias, de 26 anos, que foi baleado por engano enquanto voltava do trabalho em Parelheiros, e à execução de um jovem de 24 anos, já rendido, durante uma operação na favela de Paraisópolis.
Em sua publicação na rede social X, o ministro defendeu a implementação de câmeras corporais para os agentes de segurança e ressaltou que “nenhuma suspeita autoriza execuções sumárias”. Ele enfatizou que a Constituição Federal de 1988 não permite atalhos punitivos e que a justiça deve ser baseada em provas e processos regulares.
Mendes também destacou a importância das câmeras corporais como ferramentas de controle e transparência, que beneficiam tanto os agentes públicos quanto os cidadãos. “O Estado não pode adotar os mesmos métodos daqueles que pretende enfrentar. Segurança pública se faz com inteligência e respeito à legalidade”, completou.
As declarações de Gilmar Mendes reacendem o debate sobre a política de segurança e o uso da força pelas polícias estaduais. O governo de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem revisado a utilização de câmeras corporais, uma medida que tem sido criticada por especialistas em direitos humanos.