O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, utilizou suas redes sociais para abordar a necessidade urgente de uma reflexão sobre segurança pública no Brasil, após a morte de dois jovens em São Paulo. Guilherme Dias, um marceneiro de 26 anos, foi baleado por engano por um policial em Parelheiros, enquanto Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, foi morto por policiais durante uma operação na favela de Paraisópolis. Mendes enfatizou que 'nenhuma suspeita, por mais grave que seja, autoriza execuções sumárias'.
A declaração de Mendes surge após a Justiça de São Paulo reclassificar a morte de Guilherme Dias como homicídio doloso, indicando a possibilidade de intenção de matar. O caso será encaminhado ao Tribunal do Júri, enquanto o policial envolvido alegou ter confundido a vítima com um criminoso. Mendes também destacou a importância do uso de câmeras corporais para garantir a transparência nas ações policiais.
O ministro criticou a abordagem policial e defendeu que a segurança pública deve ser feita com inteligência e respeito à legalidade, sem recorrer a métodos violentos. 'O Estado não pode adotar os mesmos métodos daqueles que pretende enfrentar', afirmou. Mendes concluiu ressaltando a necessidade de formação adequada e compromisso dos órgãos de controle para garantir os direitos humanos no país.