Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice de Jeffrey Epstein, prestou depoimento nesta quinta-feira (24) ao vice-procurador do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Todd Blanche, em Tallahassee, Flórida. O encontro ocorre em meio a crescentes pressões de aliados de Donald Trump, que acusam o governo de ocultar nomes envolvidos no escândalo sexual que cercou Epstein.
Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual, foi considerada culpada de recrutar menores de idade para serem exploradas por Epstein entre 1994 e 2004. Durante o depoimento, seu advogado, David Markus, afirmou que ela respondeu a todas as perguntas de forma sincera. A presença de um alto funcionário do Departamento de Justiça no depoimento gerou desconfiança entre parlamentares, como o senador democrata Sheldon Whitehouse, que questionou a natureza do encontro nas redes sociais.
Blanche declarou que o objetivo da reunião era entender o que Maxwell sabe sobre os crimes cometidos contra as vítimas. Ele ressaltou que, caso ela possua informações relevantes, o FBI e o Departamento de Justiça estariam dispostos a ouvir seu relato. O nome de Donald Trump foi mencionado nos arquivos de Epstein, embora não haja indícios de que ele tenha cometido qualquer crime. Seu porta-voz negou as acusações, afirmando que Trump cortou relações com Epstein há anos.
O caso Epstein continua a ser um ponto sensível para Trump, especialmente com as eleições de 2024 se aproximando. Durante sua campanha, ele prometeu divulgar uma lista de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual. No entanto, o governo afirmou que não há provas de uma lista secreta de clientes de Epstein, provocando críticas entre seus apoiadores.