A Azoria Capital, gestora de investimentos liderada por James Fishback, um apoiador do ex-presidente Donald Trump, entrou com uma ação judicial contra o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e outros dirigentes da instituição. O processo, protocolado na quinta-feira (17) em um tribunal federal em Washington, busca garantir acesso público às reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que tradicionalmente ocorrem a portas fechadas. A gestora argumenta que essa prática viola leis de transparência governamental.
A Azoria Capital solicita que o tribunal obrigue o Fed a abrir sua próxima reunião, agendada para os dias 29 e 30 de julho. No documento, a gestora expressa preocupação de que a política de juros elevados do FOMC, sob a liderança de Powell, estaria prejudicando a economia americana e a agenda do ex-presidente Trump. Fishback, em declarações, criticou a falta de clareza nas decisões do Fed e defendeu o direito do público de entender as deliberações da instituição.
Embora o FOMC se reúna oito vezes por ano para definir a taxa de juros, divulgando comunicados após cada encontro, as atas detalhadas são publicadas apenas três semanas depois, e as transcrições completas têm um atraso de cinco anos. Um porta-voz do Fed se recusou a comentar sobre o processo. Recentemente, Fishback lançou um fundo negociado em bolsa que exclui empresas com metas de diversidade e também criou um comitê de ação política para apoiar a reeleição de Trump.