O general reformado do Exército Brasileiro, Mário Fernandes, depôs nesta quinta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a chamada "minuta do golpe", mencionada na Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023. Durante seu interrogatório, Fernandes afirmou que o documento era apenas um "copilado de dados, de pensamentos meus, para uma análise de riscos" e não representava um plano concreto de ruptura institucional.
Fernandes, que foi alvo de busca e apreensão em fevereiro de 2023, esclareceu que o arquivo digitalizado nunca foi compartilhado com ninguém e lamentou ter criado o material. "Me arrependo de ter digitalizado isso", declarou ao STF, enfatizando que o conteúdo não teria impacto na denúncia do Ministério Público. Ele garantiu que, mesmo se todo o conteúdo de seu HD fosse incluído no processo, isso não alteraria a situação legal.
A Operação Tempus Veritatis investiga a organização de um suposto plano de golpe de Estado, e Mário Fernandes é um dos alvos do inquérito, que também envolve outros militares e ex-integrantes do governo federal. O caso levanta questões sobre a segurança institucional e a legitimidade do processo democrático no Brasil.