O ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, general Mario Fernandes, reconheceu ser o autor do plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração foi feita em depoimento recente, onde Fernandes afirmou que o documento era apenas um "pensamento" digitalizado, sem intenção de execução.
Em sua defesa, o general explicou que o plano consistia em uma análise de riscos, que ele decidiu digitalizar por costume pessoal. Fernandes enfatizou que o arquivo não foi compartilhado com ninguém e que, caso seu HD fosse analisado, não haveria impacto no processo em questão. Ele também confirmou ter impresso o documento, mas negou ter apresentado ou discutido seu conteúdo com terceiros.
Durante o depoimento, Fernandes relatou uma conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro, onde o presidente mencionou a busca por contatos políticos para desenvolver negociações com outros poderes. O general destacou que, em dezembro, já era perceptível a decisão de Bolsonaro de agir com respaldo constitucional, embora não haja qualquer artigo que legitime uma ação golpista. O caso segue sob investigação, enquanto a sociedade aguarda desdobramentos sobre as implicações legais das declarações do ex-secretário.