Um levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) revelou que, apesar da redução de 17,5% no preço da gasolina nas refinarias nos últimos dois anos, o consumidor ainda enfrenta um aumento de 21,67% no valor do litro nos postos. A discrepância entre os preços foi evidenciada após a Petrobras anunciar, em junho, uma diminuição de R$ 0,17 no litro do combustível, que resultou em uma queda média de apenas R$ 0,02 nos postos, onde o preço médio era de R$ 6,25.
A ANP aponta que o combustível, após ser refinado, passa por distribuidoras antes de chegar aos postos, o que pode influenciar no preço final ao consumidor. Economistas, como Mafalda Valente, explicam que a dinâmica de aumento e redução de preços é complexa, envolvendo fatores como a composição do combustível e a tributação, que varia entre os estados.
Diante da situação, a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou a abertura de investigações sobre os preços dos combustíveis, envolvendo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a Polícia Federal e a Secretaria Nacional do Consumidor. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a lentidão na repasse das reduções de preços ao consumidor, afirmando que é "injustificável" que a diminuição não chegue de forma adequada ao consumidor final.