O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou nesta terça-feira (8) o compromisso da instituição em convergir a inflação ao centro da meta de 3%. Durante uma palestra na Frente Parlamentar de Empreendedorismo (FPE), em Brasília, Galípolo descartou a possibilidade de considerar o limite superior da meta, estabelecido em 4,5%. "A meta é 3%: eu não recebi uma sugestão ou um conselho, há um decreto que definiu que a meta é 3%", declarou o presidente do BC.
Galípolo enfatizou que a função do Banco Central não é estabelecer uma taxa de juros específica, mas sim garantir a convergência da inflação. Ele reiterou que o Comitê de Política Monetária (Copom) está comprometido em atingir a meta, mesmo que isso signifique manter a taxa de juros em 15%. "Durmo muito tranquilo sabendo que o que estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta", afirmou.
O presidente do BC também comentou sobre a importância de fortalecer a institucionalidade da autoridade monetária, alertando para a percepção de que a composição do Copom poderia influenciar a busca pela meta. "Sugere uma flacidez institucional que me preocupa muito", disse Galípolo, destacando que o BC não deve ter autonomia para interpretar o decreto que estabelece o alvo para o IPCA. Ele expressou esperança de que, no futuro, o foco do mercado esteja mais na estrutura institucional da política monetária do que nos nomes dos diretores do Copom.