Durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que os mecanismos de transmissão da política monetária no Brasil podem não operar com a mesma eficácia que em outros países. A declaração foi feita em um contexto de discussão sobre a normalização da política monetária brasileira.
Galípolo ressaltou que a questão das taxas de juros no Brasil não é recente, sendo um tema debatido há décadas, especialmente após a implementação do Plano Real. Ele destacou que, historicamente, o Brasil apresenta taxas de juros elevadas em comparação a outras nações, o que levanta questionamentos sobre os fatores que contribuem para essa realidade.
O presidente do Banco Central também mencionou uma aparente contradição no cenário econômico brasileiro, onde taxas de juros reais de 10% coexistem com níveis recordes de emprego e renda nas famílias. Essa situação, segundo Galípolo, provoca confusão entre economistas internacionais e outros banqueiros centrais, indicando que os mecanismos de política monetária no Brasil podem operar de maneira distinta em relação a outros contextos globais.