O Conselho de Estabilidade Financeira do G20 divulgou nesta segunda-feira (14) um novo plano para abordar os riscos climáticos, mas decidiu pausar o avanço de políticas adicionais devido à retirada dos Estados Unidos de diversos grupos de trabalho. A decisão dos EUA levanta preocupações sobre a eficácia das iniciativas para integrar os riscos climáticos à estabilidade financeira global.
O plano, que visa aumentar a coordenação e o compartilhamento de dados sobre riscos financeiros relacionados ao clima, foi apresentado durante uma reunião dos ministros das Finanças do G20 na África do Sul. Embora alguns membros do conselho, que inclui presidentes de bancos centrais, reconheçam a necessidade de mais trabalho, outros acreditam que as ações já realizadas são suficientes.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, não participou da reunião, o que reforça a incerteza sobre o futuro da colaboração internacional em questões climáticas. O G20, que os EUA ajudaram a fundar após a crise financeira global, deve assumir a presidência do grupo no próximo ano, mas o conselho indicou que não planeja realizar trabalhos significativos sobre a integração dos riscos climáticos em sua supervisão e regulamentação.
Apesar das divisões, o conselho reafirmou seu compromisso de considerar anualmente tópicos relacionados ao clima e de atuar como coordenador no trabalho internacional sobre esses riscos, embora o progresso possa ser limitado sem a participação ativa dos EUA.