Um estudo recente da Scientists for Global Responsibility, encomendado pelo New Weather Institute, revela que o futebol é responsável pela emissão de 64 a 66 milhões de toneladas de CO₂ anualmente, um volume equivalente ao total emitido por toda a Áustria ou 60% a mais que o Uruguai. Esta é a primeira análise abrangente sobre o impacto ambiental do esporte em nível global.
Durante a fase eliminatória da Copa do Mundo masculina, uma única partida pode gerar entre 44 mil e 72 mil toneladas de CO₂, o que corresponde ao consumo de até 51 mil veículos em um ano. Em resposta a esses dados alarmantes, algumas empresas patrocinadoras, como a Cristalcopo, têm implementado iniciativas para mitigar os efeitos ambientais, como o projeto "Recicla Junto", que já coletou mais de 15 toneladas de resíduos em jogos do Criciúma.
Clubes como o Internacional também se destacam por suas práticas sustentáveis, tendo reciclado mais de 36 mil kg de resíduos em 2024, preservando recursos naturais significativos. O time foi reconhecido pela ONU por neutralizar 24 toneladas de CO2e durante o Campeonato Gaúcho. Outras equipes, como o Juventude, estão investindo em energia solar, economizando cerca de R$ 10 mil mensais, enquanto o Sport comprometeu R$ 2,7 milhões para compensação ambiental em parceria com a prefeitura do Recife.
Essas iniciativas refletem um crescente compromisso do futebol brasileiro com a sustentabilidade, buscando não apenas reduzir a pegada de carbono, mas também incentivar uma mudança cultural em direção à preservação ambiental dentro e fora dos estádios.