A assembleia para discutir a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) foi agendada para o dia 5 de agosto, após uma série de adiamentos. No entanto, a conclusão do processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve levar mais tempo, com estimativas indicando que a análise pode se estender até o primeiro bimestre de 2026. A superintendência do Cade já havia emitido um parecer favorável em junho, mas a inclusão da Minerva (BEEF3) como terceira interessada complicou a situação.
O ex-presidente do Cade, Luiz Fernando Furlan, afirmou que o caso requer uma instrução mais complexa, o que torna a aprovação mais demorada. A Minerva, que possui participação significativa nas duas empresas, apresentou uma petição ao Cade solicitando a reavaliação da fusão, argumentando sobre riscos de concentração excessiva e a influência do fundo soberano Salic, que detém ações de ambas as companhias.
A análise do Cade pode levar até 330 dias, e casos recentes de fusões no setor tiveram prazos que variaram de quatro a nove meses. Enquanto isso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também adiou duas assembleias gerais extraordinárias, com a próxima reunião marcada para o dia 8 de agosto, para discutir a fusão das empresas.