As empreendedoras Erica Fridman e Jaana Goeggel anunciaram a criação do fundo de capital de risco Sororitê, com o objetivo de levantar R$ 25 milhões para investir em startups fundadas por mulheres. O fundo, que é o primeiro do tipo no Brasil, foi estabelecido no final de 2022 e visa apoiar empresas de tecnologia inovadoras em estágio inicial que tenham pelo menos uma mulher entre os fundadores.
Fridman, ex-executiva de multinacionais, destaca que apenas 0,04% do capital investido em startups brasileiras em 2020 foi direcionado a empresas lideradas exclusivamente por mulheres. Ela aponta que, durante reuniões com investidores, muitas empreendedoras enfrentam perguntas inadequadas que desviam o foco do potencial de seus negócios, revelando um viés de gênero no setor de investimento.
Dados da Pitchbook indicam que startups lideradas por mulheres são mais lucrativas, consumindo 25% menos caixa mensalmente e proporcionando um retorno 35% maior sobre o investimento. Apesar disso, Fridman observa que essas evidências são frequentemente recebidas com ceticismo por investidores, que duvidam da capacidade das mulheres em liderar e enfrentar os desafios do empreendedorismo.