O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) anunciou nesta quarta-feira que está realizando um estudo sobre as vulnerabilidades nos mercados de recompra (repo) baseados em títulos soberanos e as regras necessárias para mitigar riscos sistêmicos associados a instituições financeiras não bancárias (NBFIs). A análise, que deve ser concluída até o final de 2025, busca entender as ligações entre esses mercados e as instituições financeiras sistematicamente importantes, em um contexto de crescente preocupação com a estabilidade financeira global.
Em um dos relatórios, o FSB destacou que as experiências com ferramentas políticas para lidar com os riscos sistêmicos em NBFIs ainda são limitadas, o que pode gerar turbulências em mercados financeiros essenciais. O conselho propôs uma série de ações flexíveis que podem ser implementadas por diferentes países, considerando suas jurisdições, e enfatizou a importância de práticas consistentes e transparentes de margens para mitigar riscos de liquidez e crédito.
Além disso, o FSB criou uma força-tarefa liderada por Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, para monitorar a implementação das recomendações financeiras. O grupo apresentará um plano de trabalho ao G20, com um relatório final previsto para 2026, que incluirá a avaliação de estratégias de negociação em mercados de títulos soberanos e uma análise aprofundada sobre vulnerabilidades no crédito privado. O FSB também ressaltou a necessidade de uma estrutura doméstica eficaz para identificar e monitorar riscos em NBFIs, destacando a importância da cooperação internacional para evitar efeitos adversos e arbitragem regulatória.