Com a chegada do frio intenso no Rio Grande do Sul, a preocupação com síndromes respiratórias, como a asma, cresce. Entre abril e julho, mais de 11 mil casos da doença foram diagnosticados em Porto Alegre. A asma, uma condição crônica que provoca inflamação e estreitamento dos brônquios, afeta a capacidade respiratória dos pacientes, tornando essencial o monitoramento e tratamento adequados.
Para auxiliar no diagnóstico e manejo da asma grave, foi lançado em maio o aplicativo Aire, que permite aos usuários registrar suas condições de saúde e receber orientações sobre a gravidade dos sintomas. O pneumologista Carlos Eurico da Luz Pereira, um dos criadores do aplicativo, destaca a importância de um plano de autocuidado, que deve ser elaborado em conjunto com o médico responsável.
Além disso, pesquisadores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre estão investigando o uso do equipamento peak flow como uma alternativa mais acessível para o diagnóstico da asma, em comparação à espirometria, que é escassa no SUS. A consultora médica Ana Paula Tussi Leite ressalta que o peak flow é mais barato e pode ser utilizado em qualquer unidade de saúde, facilitando o acesso ao diagnóstico para mais pacientes.
O tratamento da asma é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o primeiro atendimento realizado em unidades básicas de saúde. Pacientes como Nara Cristina da Cunha Gonçalves, que conviveu com a doença desde a infância, relatam a importância do diagnóstico e do tratamento adequado para o controle da asma, permitindo uma melhor qualidade de vida.