A França anunciou, nesta semana, o reconhecimento da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU), tornando-se o terceiro país entre os cinco permanentes do Conselho de Segurança a tomar essa decisão. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a medida visa reafirmar o compromisso da França com uma "paz justa e duradoura" e apelou pelo fim do conflito na Faixa de Gaza, que se intensificou em 2023, além de exigir acesso à ajuda humanitária e o retorno de reféns.
Atualmente, a ONU reconhece 193 países, e a candidatura da Palestina já conta com o apoio de 147 nações, representando cerca de 75% dos votos necessários na Assembleia Geral. No entanto, a aprovação enfrenta obstáculos no Conselho de Segurança, onde os vetos dos Estados Unidos, Reino Unido e França têm sido determinantes para impedir a votação. A situação humanitária em Gaza, marcada por uma grave crise de fome e violência, tem gerado um aumento no apoio internacional à causa palestina.
A decisão da França se alinha a uma mudança de postura observada em outros países europeus, como Espanha, Noruega e Irlanda, que também têm manifestado apoio ao reconhecimento da Palestina. Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a decisão francesa, afirmando que a criação de um estado palestino nas atuais circunstâncias visa apenas a destruição de Israel. O simbolismo do reconhecimento francês pode incentivar outras nações a seguir o mesmo caminho, aumentando a pressão sobre os Estados Unidos para reconsiderar sua posição sobre a Palestina.