O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, condenou o bombardeio israelense que atingiu a única igreja católica na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (17). O ataque resultou na morte de duas pessoas e deixou várias feridas, incluindo o pároco argentino Gabriel Romanelli, na igreja da Sagrada Família, conforme informações do Patriarcado Latino de Jerusalém e da Defesa Civil palestina. Barrot expressou sua solidariedade ao patriarca latino de Jerusalém e pediu o fim do massacre em Gaza, classificando os ataques como intoleráveis.
A Chancelaria francesa relembrou que, desde 2014, a França tem um papel histórico na proteção de comunidades religiosas em Israel e Palestina, legado de acordos firmados no século XVI. Embora a França não tenha mais um papel jurídico formal na proteção dos cristãos na região desde a década de 1920, os acordos de 1901 e 1913 ainda são reconhecidos por autoridades israelenses e palestinas, garantindo a proteção das comunidades católicas na Terra Santa.
Atualmente, a população de Gaza é predominantemente muçulmana, com apenas cerca de mil cristãos, sendo a maioria ortodoxa. Desde o início do conflito em outubro de 2023, muitos membros da comunidade católica têm buscado abrigo na igreja da Sagrada Família. Em resposta ao ataque, Israel afirmou que não ataca locais de culto e que investiga o incidente. O Papa Leão XIV também expressou sua profunda tristeza pelo ataque, reiterando um apelo por um cessar-fogo imediato, sem mencionar Israel diretamente.