O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, expressou sua condenação ao bombardeio israelense que atingiu a única igreja católica na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (17). O ataque resultou na morte de duas pessoas e ferimentos em várias outras, incluindo o pároco argentino Gabriel Romanelli, conforme relatado pelo Patriarcado Latino de Jerusalém e pela Defesa Civil local. Barrot classificou os ataques como "inadmissíveis" e pediu um cessar-fogo imediato na região.
A Chancelaria francesa destacou que a proteção das comunidades religiosas em Israel e Palestina é um legado histórico do país, datando de acordos firmados no século XVI. Embora a França não tenha mais um papel jurídico na proteção dos cristãos na região desde a década de 1920, os acordos de 1901 e 1913 ainda são reconhecidos por autoridades israelenses e palestinas, garantindo a proteção das comunidades católicas na Terra Santa.
Atualmente, a população de Gaza é predominantemente muçulmana, com apenas cerca de 135 católicos, que se refugiam na igreja da Sagrada Família desde o início do conflito em outubro de 2023. O papa Leão XIV também manifestou sua tristeza pelo ataque, reiterando o apelo por um cessar-fogo imediato, sem mencionar diretamente Israel. A situação continua a ser monitorada, com Israel afirmando que investiga o ocorrido e que não ataca locais de culto na região.