O presidente francês Emmanuel Macron anunciou que a França reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro de 2025. A decisão foi comunicada ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em uma carta divulgada nas redes sociais. Macron destacou que essa ação é parte do compromisso histórico da França em buscar uma paz justa e duradoura no Oriente Médio.
A iniciativa gerou reações adversas de Israel e dos Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a decisão, afirmando que um Estado palestino nas atuais condições poderia servir como uma plataforma para ameaçar Israel. Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, expressou a oposição do governo americano ao reconhecimento, considerando-o imprudente e prejudicial aos esforços de paz na região.
A proposta da França surge em um contexto de tentativas de revitalizar a ideia de uma solução de dois Estados, após a suspensão de uma conferência que deveria ocorrer em junho, devido a pressões externas e conflitos regionais. Apesar da resistência de aliados como Grã-Bretanha e Canadá, Macron mantém sua posição, que foi elogiada por autoridades palestinas como um avanço em direção ao reconhecimento dos direitos do povo palestino.