O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (24) que o país reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro. A declaração foi feita em Bruxelas, após uma cúpula da União Europeia sobre a guerra na Ucrânia e a defesa europeia, e visa contribuir para a paz no Oriente Médio.
Macron comunicou a decisão por meio da rede social X, acompanhada de uma carta endereçada ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Na mensagem, ele reafirma o compromisso histórico da França com uma paz justa e duradoura na região, destacando que será a primeira grande potência ocidental a reconhecer o Estado palestino.
A medida, que ocorre em um contexto de tensões diplomáticas, foi criticada por autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que afirmou que a decisão francesa "recompensa o terror" e pode fortalecer a influência do Irã. Além disso, a iniciativa deve enfrentar resistência dos Estados Unidos, que se opõem a reconhecimentos unilaterais do Estado palestino.
Atualmente, 146 países reconhecem o Estado Palestino, incluindo o Brasil. O reconhecimento mais recente foi realizado por Espanha, Noruega e Irlanda em 2024, refletindo um movimento crescente em apoio à causa palestina entre nações ocidentais.