Neste domingo (27), as forças israelenses interceptaram o barco humanitário Handala, fretado por ativistas pró-palestinos, em águas internacionais e o levaram ao porto de Ashdod. A embarcação, que tentava romper o bloqueio naval imposto a Gaza, foi abordada por volta da meia-noite de sábado, resultando na detenção de sua tripulação, composta por 21 pessoas, incluindo dois parlamentares franceses e jornalistas da Al Jazeera.
A ONG israelense Adalah, que defende os direitos da comunidade árabe, informou que seus advogados estão em Ashdod e buscam contato com os detidos. A organização destacou que a missão do Handala era pacífica e dedicada às crianças de Gaza, enfatizando a necessidade de romper o que consideram um bloqueio ilegal e mortal.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a interceptação, afirmando que a Marinha agiu para evitar a entrada da embarcação nas águas palestinas. Em uma transmissão ao vivo antes da abordagem, a tripulação do Handala relatou a presença das tropas israelenses a bordo, enquanto ativistas de dez países ameaçaram iniciar uma greve de fome caso a embarcação fosse interceptada.
Este incidente marca a segunda tentativa do movimento pró-palestino de romper o bloqueio naval, após a interceptação do barco Madleen em junho, que também foi levado a Ashdod com 12 ativistas a bordo, incluindo figuras conhecidas como Greta Thunberg e Thiago Ávila, que foram expulsos de Israel.