George Washington de Oliveira Sousa, condenado por planejar um atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, está foragido desde a progressão de regime concedida em fevereiro de 2023. O comerciante, natural de Xinguara, no sul do Pará, foi sentenciado a nove anos de prisão, mas não foi localizado pelas autoridades. O caso voltou a ser destaque na quarta-feira (17), quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a notificação por edital, procedimento que permite o andamento do processo na ausência do réu.
George Washington foi preso em dezembro de 2022, dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após confessar que planejava explodir um caminhão-tanque com 63 mil litros de querosene de aviação no aeroporto da capital federal. Segundo ele, o atentado tinha como objetivo criar um clima de caos para impedir a posse presidencial e promover uma intervenção militar, motivado por declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante a investigação, a polícia encontrou em seu apartamento um arsenal que incluía fuzis, espingardas, pistolas, munições e explosivos, supostamente adquiridos com um investimento de cerca de R$ 160 mil. Em depoimento, George Washington afirmou que pretendia distribuir as armas entre pessoas dispostas a agir contra o que ele chamava de “avanço do comunismo” no Brasil, levando a Justiça a concluir que ele planejava articular uma rede armada contra instituições democráticas.