A situação alimentar na Faixa de Gaza alcançou o nível 5, o mais grave na classificação de segurança alimentar, segundo um relatório da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Este patamar indica uma catástrofe humanitária, com a população enfrentando fome generalizada e desnutrição aguda, especialmente entre crianças.
O relatório destaca que, além da escassez extrema de alimentos, a mortalidade na região é elevada, considerando apenas as mortes relacionadas à desnutrição e não os óbitos causados por bombardeios. Apesar das evidências alarmantes, o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, nega a existência de fome em Gaza.
A pressão internacional sobre Israel tem aumentado, com aliados históricos como a França e o Reino Unido manifestando apoio ao reconhecimento do Estado Palestino. Na última semana, a França anunciou sua intenção de reconhecer oficialmente a Palestina, enquanto o Reino Unido condicionou esse reconhecimento ao fim da crise humanitária em Gaza, durante a Assembleia Geral da ONU em setembro.
Atualmente, 144 dos 193 estados-membros da ONU reconhecem a Palestina como um Estado, incluindo o Brasil. Entre os que não reconhecem estão os Estados Unidos, Canadá e a maioria dos países europeus.