O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2,1% em 2026, conforme divulgado em relatório nesta terça-feira (29). Essa estimativa representa um aumento de 0,1 ponto percentual em relação à projeção anterior, mas indica uma desaceleração em comparação ao crescimento previsto para 2025, que é de 2,3%. As novas projeções não consideram os impactos das tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos.
O FMI esclareceu que suas análises são baseadas nas políticas comerciais vigentes no momento da elaboração do relatório, desconsiderando as tarifas de 50% que devem ser implementadas pelo presidente Donald Trump a partir de 1º de agosto. Segundo o FMI, a imposição dessas tarifas pode resultar em perdas significativas para a economia brasileira, estimadas em até R$ 175 bilhões ao longo de uma década, além de potencialmente eliminar 1,3 milhão de empregos.
As previsões do FMI são mais conservadoras do que as do governo brasileiro, que projeta um crescimento de 2,5% para 2025 e 2,4% para 2026. A economia brasileira registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, e o IBGE deve divulgar os dados do segundo trimestre em 2 de setembro. A taxa de juros Selic permanece em 15%, o que contribui para uma perspectiva de desaceleração econômica, embora um mercado de trabalho robusto ajude a manter a resiliência do setor.