Após um primeiro semestre de 2025 marcado por forte entrada de capital estrangeiro na Bolsa brasileira, a tendência começou a se inverter em julho. Os investidores retiraram R$ 4 bilhões do mercado à vista e R$ 4,2 bilhões dos contratos futuros, influenciados pela recuperação das bolsas americanas e pela desvalorização do Ibovespa. No primeiro semestre, os estrangeiros haviam registrado entradas líquidas de R$ 26,9 bilhões no mercado à vista, o melhor desempenho desde 2022.
De acordo com a XP Investimentos, os investidores institucionais locais mantiveram uma posição vendedora líquida, com saídas de R$ 8,4 bilhões no mercado à vista, enquanto os investidores pessoa física apresentaram um desempenho positivo em junho, com entradas líquidas de R$ 2 bilhões. Em julho, os dados preliminares indicam continuidade desse movimento, com entradas de R$ 1,2 bilhão no mercado à vista.
A indústria de fundos também registrou captação líquida positiva em junho, após cinco meses de resgates, totalizando R$ 13,6 bilhões, impulsionada principalmente pelos fundos de renda fixa. Apesar da reversão parcial dos fluxos estrangeiros em julho, a XP mantém uma visão otimista sobre as ações brasileiras, acreditando que a rotação global de capital para fora dos EUA pode continuar, especialmente em um cenário de dólar fraco e maior interesse dos investidores na América Latina.