O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou em entrevista à CNN, nesta sexta-feira, 25, que a solução para as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros não está nos Estados Unidos, mas sim na capacidade do Brasil de resolver suas questões internas. Segundo ele, "se o Brasil fizer o dever de casa, acaba a sanção no mesmo dia". Flávio também destacou que a realização de eleições com a candidatura de Jair Bolsonaro ajudaria a melhorar a imagem do país no exterior.
Durante a entrevista, o senador reiterou a necessidade de que o Congresso vote a anistia como forma de mitigar os efeitos do tarifaço, uma proposta que tem gerado controvérsias e sido considerada pela oposição uma chantagem em benefício do ex-presidente. Ele ainda defendeu que seu irmão, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não deve ser responsabilizado pelas tarifas.
Às vésperas de uma missão da Comissão de Relações Exteriores do Senado para negociar com os EUA, Flávio criticou a eficácia de tais comitivas, afirmando que "não adianta montar comitiva de parlamentares e ir pra lá". Ele também mencionou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deve dar andamento ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em relação à corrida presidencial de 2024, Flávio evitou comentar sobre um possível sucessor de seu pai, mas garantiu que Luiz Inácio Lula da Silva não será o presidente em 2027. Em uma entrevista anterior, ele já havia reconhecido que as tarifas têm uma dimensão política, afirmando que a sanção de Trump não é apenas econômica, mas também reflete a percepção do ex-presidente sobre a situação política do Brasil.