O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou sua indignação nesta sexta-feira (18 de julho de 2025) em relação à operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e inclui medidas como a imposição de tornozeleira eletrônica e restrições de contato.
Em uma publicação nas redes sociais, Flávio Bolsonaro descreveu a decisão como uma "proposital humilhação" e comparou a atuação de Moraes a uma "Inquisição", afirmando que as medidas são "totalmente desnecessárias e covardes". Ele criticou a proibição de contato entre pai e filho, considerando-a um símbolo do ódio que, segundo ele, permeia a atuação do magistrado.
O senador também sugeriu que a operação foi estrategicamente planejada para coincidir com o início do recesso do Congresso, quando Brasília está menos movimentada. Flávio ressaltou que a data escolhida, 18 de julho, Dia Internacional de Nelson Mandela, não seria uma coincidência, e fez uma analogia com a luta por liberdade, afirmando que Jair Bolsonaro sairá fortalecido de toda a situação.
Atualmente, Jair Bolsonaro é réu no STF por sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. Na última segunda-feira (14 de julho), a Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou sua condenação, alegando que ele fomentou a insatisfação e o caos social após a derrota nas eleições de 2022. A defesa do ex-presidente expressou surpresa e indignação com as medidas cautelares, afirmando que ainda não teve acesso à decisão de Moraes e que se manifestará oportunamente.