A necessidade líquida de financiamento do governo geral, que abrange o governo central, Estados e municípios, alcançou 1,66% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025. O dado foi divulgado nesta quinta-feira, 10, pela Secretaria do Tesouro Nacional, por meio do Boletim de Estatísticas Fiscais.
Esse percentual representa uma redução de 0,14 ponto porcentual em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando a necessidade era de 1,80% do PIB. O boletim aponta que essa variação é resultado de um crescimento nominal de 10,24% na receita do governo geral, que foi parcialmente compensado por um aumento de 9,86% nas despesas no mesmo intervalo.
No primeiro trimestre de 2025, o governo central, que inclui o governo federal, a Previdência Social e o Banco Central, necessitou financiar 4,76% do PIB. Em contrapartida, os governos estaduais apresentaram uma capacidade de financiamento de 0,88% do PIB, enquanto os municipais registraram 2,22% do PIB. A receita do governo geral subiu de 41,69% para 41,90% do PIB, impulsionada principalmente pela arrecadação de outras receitas e pela alta da taxa Selic.
As despesas totais do governo geral também aumentaram, passando de 43,49% para 43,56% do PIB. Os gastos com juros cresceram significativamente, enquanto os benefícios previdenciários apresentaram uma queda. O investimento líquido, por sua vez, passou de -0,07% do PIB no primeiro trimestre de 2024 para -0,18% no mesmo período de 2025, com os governos municipais registrando um valor positivo de 0,08% do PIB.